A vida é simplesmente bela, mesmo
com todas as suas dores e amores, mas muitas vezes não nos damos conta e nos
prendemos a assuntos insignificantes, discutimos por besteiras, temos crises de
ciúmes sem motivos e isso gera discussão, mal-estar e tristeza.
Alguns anos atrás,
precisamente 16 anos, ouvi dizer: “Deus sabe o que faz.” Nunca duvidei, hoje
mais do que nunca, mas, naquele dia confesso que questionei comigo mesma: “Será
que sabe das consequências também?”.
No
dicionário a definição de tempo diz: “substantivo
masculino. Duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de
presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos se sucedem.”
Inicialmente,
enfrentar a morte da pessoa amada pode ser doloroso e confuso: O que estou
vivendo é real mesmo? Vou sobreviver sem o amor da minha vida? Será que eu vou
dar conta? Como eu vou seguir sozinho (a)? Como ficarão as contas? Como ficarão
os nossos filhos?
Um dia você está casada, feliz,
tem filhos lindos, enfim aquela família tão sonhada está formada. Você está
plena, provavelmente não tenha uma vida perfeita, afinal a perfeição não
existe, mas tudo bem, você tem a vida que sonhou e é feliz assim.
Apoiar quem está de luto não é tarefa fácil. É importante saber ler o outro para entender como você pode contribuir para amenizar aquela dor que dilacera o peito de quem ficou.
A gravidez é sempre um momento de muitas emoções, alegrias, expectativas, planejamentos e era nessa fase maravilhosa que estávamos quando meu marido faleceu em um acidente automobilístico. Era a gravidez do nosso segundo filho e tudo aconteceu bem no meio do caminho, no dia em que completei 20 semanas.
Apesar de nós todos sabermos que a morte vai acontecer em algum momento, ela é uma experiência difícil porque gera em nós uma impotência enorme. Percebemos que não controlamos nosso futuro e nos damos conta de que a vida pode mudar de uma hora para outra, sem aviso prévio. Nada nos prepara de verdade para a vivência de perder alguém que amamos.